Analisar os diferentes fatores que influenciam as relações entre o homem e o trabalho a fim de melhorar as condições laborais buscando o máximo de conforto, saúde, segurança e desempenho eficiente é um dos objetivos da Ergonomia. E uma das maneiras de realizar essa análise e modificar o contexto existente é por meio da Avaliação Ergonômica Preliminar (AEP) e, quando necessário, da Análise Ergonômica do Trabalho (AET), conforme solicita a NR 17.
Mas, conhecer a complexidade do contexto organizacional a fim de modificá-lo e transformá-lo necessita muito mais do que apenas cumprir os dispositivos da NR 17. É importante que se contemple um olhar integral para a empresa e seus processos sistêmicos e um olhar cirúrgico para a atividade real, compreendida como aquela que realmente é executada pelo trabalhador em todas as suas variabilidades.
Uma das razões que justifica essa análise em nível estratégico é o entendimento de que problemas ergonômicos nem sempre possuem uma causa única e pontual. O olhar para o trabalhador, para o ambiente que o cerca, para a organização do trabalho e para os processos que envolvem a atividade real traz soluções riquíssimas para além do “posto de trabalho”. Assim, considera-se essencial “combater a infecção e não apenas controlar a febre”.
Essa Ergonomia que modifica, que transforma, que desenvolve é possível e está muito além do olhar puramente legalista e burocrático, principalmente aquele voltado apenas para o “posto de trabalho”. Para essa Ergonomia não basta conhecer o que é feito e como é feito, mas o porquê é feito! A profundidade sobre o ‘trabalhar’ é necessária para que as soluções sejam mais assertivas, se façam visíveis e desenvolvam organizações!
A Ergonomia precisa ser uma solução para empresas e trabalhadores para realmente promover transformações! Vamos repensar a Ergonomia? Vamos desenvolver com a Ergonomia?