Sabemos que uma gestão eficaz em Ergonomia contribui para a diminuição de acidentes de trabalho nas empresas. Mas, como evitar acidentes de trabalho, ou melhor… lidar com a probabilidade de ocorrerem?
A maneira como iniciamos nossa jornada de trabalho certamente não é a mesma quando saímos dela. Somos humanos, e como tal, somos influenciados constantemente por diversos fatores internos e externos.
Da mesma forma, o trabalho que nos é desenhado para executarmos nem sempre corresponde ao que efetivamente executamos, simplesmente porque as variabilidades humanas estão presentes no trabalho real e não no trabalho como imaginado ou prescrito.
Por essas razões torna-se incoerente pensar que possa existir “acidente zero”, ou até mesmo, “risco zero” em um ambiente de trabalho. Se a probabilidade de ocorrência de acidentes existe, como podemos atuar para o seu melhor entendimento e prevenção?
– Conhecendo o trabalho real e desenvolvendo procedimentos com a participação do trabalhador, afinal, quem conhece melhor a atividade por ele executada se não ele mesmo?
– Evitando a cultura do medo – medo de reportar falhas, quase acidentes ou incidentes. Esses eventos precisam ser conhecidos e gerenciados pelas lideranças.
– Não olhando para quem falhou, mas para o que falhou, e assim, melhorar sistemas e processos.
– Trazendo a percepção de risco dos trabalhadores como parte integrante e essencial da gestão de riscos.
– Estabelecendo metas tangíveis e indicadores proativos, como por exemplo, riscos eliminados ou a eliminar, ou ainda, o tempo de resposta da alta gerência para tratar uma condição insegura, entre outros.
– Além de discutir as causas do que deu errado, é importante aprender com aquilo que está funcionando. E não para por aí…
A prevenção de acidentes do trabalho começa na estrutura organizacional, perpassa pelos valores da empresa, que fortalece crenças, desenvolve cultura e engaja pessoas (líderes e liderados) em um propósito comum: preservar vidas e consolidar a sustentabilidade organizacional.
Vamos desenvolver estratégias para uma gestão de riscos ergonômicos mais resiliente e eficaz?